Não foi por acaso que decidi fazer o primeiro texto do Carol Por Aí sobre o Chile. O Chile foi meu primeiro destino internacional e eu adorei! Na verdade, não tem nenhuma viagem que eu não gostei de ter feito, mas o Chile é especial sim!!
Destino: Santigo Data da viagem: 14 a 25 de maio de 2013 – com ida a Mendoza Roteiro simplificado: Aqui!
A viagem de onze dias teve também uma ida até Mendoza, que tem um post só pra ela. Ao todo, foram sete dias de passeios pelo Chile, com muito vinho e a Cordilheira dos Andes marcando presença durante todo o tempo.
Chegamos a Santiago de noite. Saímos de Curitiba no começo da tarde, via Guaruhos pela Tam. Primeiro perrenguinho: sentamos na última fileira de assentos, ou seja, sem espaço para o banco reclinar. Ficamos quatro horas na mesma posição, apertados pelos passageiros da frente que conseguiam reclinar os assentos e vendo algumas opções de lanche acabarem antes de chegarem até nós. Mas foi um perrengue light.
Contratamos o transfer da empresa Ruta Chile, com quem fizemos também outros passeios, para nos buscar no Aeroporto Arturo Merino Benítez. Eles nos deixaram no Ibis Santiago Providencia num trajeto bem tranquilo.
Nesta viagem escolhemos sacar o dinheiro em caixas automáticos mesmo. Não levamos dólares nem nada. Foi uma alternativa ok, pois tinha um caixa automático bem do lado do nosso hotel.
Dia 1 – Vinho
Primeiro item do roteiro: vinho!! Como vocês vão perceber mais pra frente, gostamos muito de experimentar vinhos e fazer visitas a vinícolas. E destinamos o primeiro dia da viagem para fazer um tour na Cousino Macul.

Antes de ir para a vinícola, passamos pelo Paseo Ahumada, um calçadão bem charmoso (no estilo Rua XV de Novembro aqui de Curitiba), com várias lojas.
Fizemos o passeio até a Cousino Macul por conta mesmo. Fomos de metrô até a vinícola, que fica na região metropolitana de Santiago. Confira o relato da visita à vinícola aqui!
Depois de passar por enormes barris de carvalho e degustar vinhos deliciosos, voltamos para o hotel carregados de garrafas… e bem no horário de pico!!! Ou seja, mais um perrengue básico.
Foi um empurra-empurra na espera do metrô, que ficou super cheio, cheio mesmo, e foi um sufoco pra descer na estação Manuel Montt. Quase que não conseguimos sair. Mas como o povo chileno é muito simpático, solícito e receptivo, um passageiro percebeu nosso drama e pediu para os outros passageiros nos darem licença. Resolvido!!
Dia 2 – Valle Nevado
A primeira neve a gente nunca esquece, não é mesmo?! Mesmo que nem esteja nevando… kkkk o segundo dia foi de uma visita ao Valle Nevado Ski Resort, em Santiago. Subimos a 3670 metros de altitude na van da Ruta Chile, com paradinhas estratégicas para admirar a vista e acostumar com a altitude.




Ainda não tinha nevado no dia que fomos, então, não estava tudo coberto de neve. Ainda assim, foi impressionante! Alugamos botas e luvas para andar por lá e deu pra tirar algumas fotos com o fundo todo branco. Dois dias depois nevou forte e tudo ficou coberto de neve, dava pra ver a Cordilheira toda branquinha de todo canto da cidade. Cogitamos mais uma visita, mas deixamos para a próxima oportunidade.
Na volta, escolhemos o Schopdog para comer o hotdog chileno, com direito a bastante abacate!! A região do hotel em que ficamos tem várias opções de restaurantes e lanchonetes. Não foi difícil encontrar essa opção e gostamos tanto que voltamos lá mais uma vez.
Dia 3 – City Tour e mais vinho
Nessa viagem escolhemos fazer mais de um passeio com a agência de turismo. Na minha avaliação, essa escolha tem pontos positivos e pontos negativos. Por um lado é bom ter a praticidade de não se preocupar com transporte, por exemplo, e ter o carro esperando na frente do hotel. Porém, temos que nos adequar ao tempo do cronograma e com atrasos que podem acontecer (e sempre acontecem)…

E assim foi no city tour que fizemos com a Ruta Chile. A primeira parada foi a troca da guarda no Palacio de La Moneda, sede da presidência do Chile. É uma cerimônia bem legal de assistir, com direito a banda marcial e cavalos percorrendo as ruas da cidade em direção ao prédio. A troca começa perto de 10 horas da manhã. O site do governo tem mais informações: https://www.gob.cl/ – Vale a pela visitar o Centro Cultural La Moneda, localizado abaixo do Palacio, e toda a redondeza.
Na sequência, fomos até a Plaza de Armas, também no centro histórico de Santiago e considerada a mais importante da cidade. Ali, arquitetura antiga e moderna estão lado a lado, entre elas a linda Catedral Metropolitana de Santiago, com seu altar de prata e inaugurada em 1774. Antes de continuar pelas atrações da cidade, vimos como é a confecção de jóias com Lápis-lazúli, pedra nacional do Chile, mas também bastante encontrada no Afeganistão.


Em seguida teve a subida ao Cerro San Cristóbal. Subimos de van, mas uma das atrações da visita é subir pelo teleférico. Lá do alto é possível ver toda a cidade, e a poluição, toma conta de grande parte do cenário, é presença garantida na paisagem. Além do mirante, o cerro oferece lojinhas de souvenirs e lanchonete.

O passeio previa um almoço no Mercado Central de Santiago. Mas foi aí que a parte chata de contratar um tour pegou. O trânsito estava pesado, teve atraso e isso iria comprometer o horário da visita a vinícola, previsto para o começo da tarde. Ou seja, não fomos. Além disso, paramos num lugar mais ou menos pra fazer um lanche e então seguimos para a Viña Undurraga. Confesso, o furo no cronograma, o frio e a fome me deixaram mal humorada… kkkk
A Viña Undurraga não estava prevista no roteiro inicial. Todo mundo procura sempre a famosa Concha Y Toro, mas ela estava fechada por causa da greve dos funcionários. E a Undurraga não deixou a desejar em nada. Também distante do centro, a vinícola tem uma área grande de parreiras e é possível andar por elas. E pra esquentar, degustação de vinho!!




Depois do dia movimentado e pra compensar o almoço meia boca, escolhemos um restaurante bem gostoso, também perto do hotel, na Avenida Providencia, o Liguria. Super recomendo!!!
Dia 4 – Viña Del Mar e Valparaíso
Esse foi o terceiro e último passeio que contratamos com a agência. Seria sensacional ter ido para ficar alguns dias, com certeza. Mas naquele contexto era o que conseguimos fazer e foi ótimo, mesmo com o gostinho de quero mais.
Depois de cerca de duas horas de viagem pela Ruta 68, Valparaíso foi a primeira cidade. Depois de passar pelas principais atrações, passamos para Viña Del Mar, onde conhecemos o Oceano Pacífico! Os detalhes desse dia você acompanha nesse post!
Acho importante destacar que minhas observações sobre a experiência com guia não têm relação nenhuma com o serviço prestado pela Ruta Chile. Eles foram ótimos e atenciosos durante todo o tempo. A intenção de ajudar era tanta que o guia Willy quase caiu em um espelho d’água ao tirar uma foto nossa. Todos queridos!
Dia 5 – Bella Vista
O bairro Bella Vista é uma região super charmosa de Santiago. São várias lojas e restaurantes, todos bem movimentados. É possível ficar o dia todo passeando por ali e aproveitar para experimentar o Pisco Sour, bebida tradicional chilena.

No trajeto, paramos para dar uma olhada no Rio Mapocho, que passa por Santiago. O guia nos contou que ele é formado pela água derretida da neve da Cordilheira, mas na época ele ainda não estava muito cheio.
O Bella Vista é caminho para chegar a La Chascona, casa de Pablo Neruda em Santiago, que fica aos pés do Cerro San Cristóbal. Detalho a visita nesse post.
Aproveitamos para almoçar ali antes de arrumar as malas rumo a Mendoza, de ônibus pela Cordilheira dos Andes, em uma viagem inesquecível.
Dia 6 – Relax
Depois do intervalo de três dias inteiros em Mendoza, voltamos para Santiago. Chegamos no começo da tarde e desta vez nos hospedamos em outro hotel. Encontramos uma opção de última hora no Booking, um hotel boutique muito charmoso, no bairro Bella Vista, o Hotel Don Santiago. Conto um pouco como foi a estadia lá neste post!
Na época em que estivemos em Santiago, o Sky Costanera ainda estava em construção, e já despontava pela cidade. Ele foi inaugurado em 2015 e é o mirante mais alto da América Latina, com uma vista de 360° da cidade. Está anotado para a próxima visita!
Neste dia, ficamos pela redondeza mesmo.
Dia 7
O último dia inteiro em Santiago foi o dia de visitar a casa do Pablo Neruda em Santiago. Tinha agendado com antecedência, para o dia em que fomos para Mendoza, mas o almoço no Patio Bella Vista atrasou e acabamos perdendo o horário. Conseguimos reagendar sem problema nenhum.

Minhas observações sobre a visita a La Chascona estão nesse post!!
Também passamos por uma loja que vende pães e doces deliciosos. Pena que só descobrimos o Castaño no último dia, pois teria ido todos os dias para comer um Mendocino, doce com bolacinhas recheadas com doce de leite (delicioso) e cobertas de chocolate.
Volta pra casa
Como na ida passamos pela Cordilheira dos Andes depois do anoitecer e não conseguimos observar nada, a volta pra casa reservou ainda uma surpresa, que encerrou a viagem com chave de ouro. Olhar a Cordilheira do alto é simplesmente incrível. Ainda foi possível dar mais uma espiadinha no Aconcágua.
Depois da ida apertada de Tam, voltamos numa boa de Lan, com direito a vinho e cobertinha durante o vôo!!