Não fizemos a Trilha Inca, mas mesmo assim demoramos a chegar até Aguas Callientes, cidade base para quem vai a Machu Picchu. E essa foi uma ótima estratégia, pois ao invés de pegar o trem direto de Cusco, fiz um trajeto que me apresentou paisagens incríveis e lugares que adorei ter conhecido.
Novamente contratei um motorista da Taxi Datum para fazer o trasfer. Uma ótima escolha. Apenas eu e meu marido como passageiros, num passeio super agradável e num ritmo ideal. Saímos do Novotel Cusco e em pouco mais ou pouco menos de uma hora estávamos no charmoso povoado de Chinchero. Antes de conferir o Sitio Arqueológico, uma passada num centro de artesanías, onde mulheres mostram como preparam e produzem roupas e acessórios com lã de alpaca. As cores vivas das peças são artesanalmente retiradas de elementos naturais. Tudo preparado ali, na sua frente, deixando os visitantes maravilhados e prontos para investir nas peças – estratégia de venda é tudo!
O sítio arqueológico também é interessantíssimo, assim como todo o Vale Sagrado. Chincero foi construído por um dos governantes do império inca, Tupac Yupanqui, e junto com a tecnologia que deixa todo mundo maravilhado, estão também uma igreja e construções no estilo dos colonizadores espanhóis, que fizeram do local uma fazenda.
De Chinchero, mais duas horas de carro e muitas curvas estreitas e fechadas pela sinuosa estrada até chegar nas Salinas de Maras. Linda visualmente e interessantíssima pela tecnologia, é muito mais interessante ainda se considerarmos que ela é do tempo pré-colombiano! A água salgada natural desce canalizada até os milhares de tanques localizados entre as montanhas e evapora no local, onde o sal cristaliza e é retirado. O guia comentou que o processo é o mesmo desde antes dos incas.



Pagamos o ingresso na hora mesmo (10 pesos por pessoa) e ali compramos duas guloseimas: pipoca, que na terra do milho só pode ser deliciosa, o que me faz pensar que deveria ter comprado mais de um pacote, e chocolate com sal. Ainda não tenho opinião formada sobre sobre o chocolate salgado… kkkk
Vale dizer que as paisagens por todo o caminho me surpreenderam. Uma diferente da outra, todas lindas. Fiquei de boca aberta sim!



E antes do destino final, Ollantaytambo, mais uma parada: Moray. Mais um sítio arqueológico de cair o queixo pelo tamanho, pelo conceito e pela ideia. Trata-se de uma estrutura elíptica imensa, com vários andares, cada um deles utilizado para testar o cultivo de diversas espécies de cereais, legumes e outras plantas.

Já era fim do dia quando o motorista nos deixou na praça principal de Ollantaytambo. Um novo local único que conhecemos, para então chegar a Aguas Calientes, dois dias depois de termos deixado Cusco. [A viagem continua no próximo post. Aqui conto como foi em Ollantaytambo e nesse post conto tudo sobre a ida a Aguas Calientes]