A capital peruana é muito mais do que apenas uma conexão para Cusco. Particularmente acho uma pena só passar por uma cidade, principalmente uma capital de país. E Lima oferece muita experiência boa.
Destino: Lima Data da viagem: 29 de outubro a 2 de novembro de 2022 Roteiro simplificado: Aqui!
Como não achar impressionante uma cidade que fica acima de um paredão de rocha, de frente pro Oceano Pacífico e com um pôr do sol incrível (que eu só vi por fotos, mas fica a desculpa para voltar e assistir pessoalmente)?! Se isso não é suficiente pra você, Lima tem muito mais!
Posso fazer um relato de turista que está numa bolha e só passa por lugares bonitos, mas eu gostei muito da energia de Lima. Uma cidade em que os locais curtem todos os espaços, limpa e bem cuidada.
Achei que no fim de outubro teríamos dias de sol, mas os dias estavam nublados e até um pouco friozinho, nada que atrapalhasse nossos passeios por lá.
Dia 1 – Malecón de Miraflores e Huaca Pucllana
Chegamos em Lima no começo da madrugada, então não deu pra ver muito da cidade. Por isso, a primeira coisa que fiz logo depois do café da manhã foi correr para o Malecón de Miraflores ficar frente a frente com o Oceano Pacífico, que não encontrava desde que estive em Viña del Mar.
E mesmo com o tempo nublado, a vista foi impressionante! O hotel em que fiquei hospedada fica a uma quadra e meia do malecón, na direção do Shopping Larcomar, então bati ponto ali todos os dias da viagem por Lima.
Dali seguimos para as ruínas de Huaca Pucllana, que é localizada entre as construções do bairro Miraflores. A primeira ocupação na área foi há milhares de anos, organizadas em aldeias com uma incrível pirâmide feita com tijolos de adobe, dispostos como livros em uma estante. Ao subir na pirâmide é possível ver grande parte da cidade e, do alto, entender a organização dos primeiros povos que ocuparam a região.



Depois do passeio histórico, seguimos para uma caminhada no Malecón e algumas das atrações que ele oferece. A primeira parada foi o Faro de la Marina, onde estava montada uma feirinha (você já deve ter percebido que eu adoro uma feirinha). Alguns metros adiante, ainda na beira mar, fica o Parque del Amor, com seus mosaicos inspirados do Parque Güell de Gaudí, em Barcelona, e a grande estátua El Beso, com um casal se beijando, do escultor Victor Delfín.

O acesso à praia é feito por escadarias e passarelas e rapidinho estamos na água gelada do Pacífico. As opções de lazer são várias ali: andar de bicicleta, surfar (é possível contratar professores que ficam ali na praia), curtir a vista sentado nas pedrinhas – já que a praia não tem areia – ou então aproveitar os bares a beira mar.
Dia 2 – Do museu ao cambista, com direito a parada policial
Começamos o dia caminhando pela Avenida Jose Larco, uma das principais da região, até o Parque Kennedy, um espaço bem agradável. Estávamos olhando o local quando três policiais se aproximaram e começaram a fazer perguntas: de onde éramos, para onde iríamos etc. Quando estava começando a ficar apreensiva os policiais logo explicaram que eram da Polícia Turística e queriam saber se estava tudo bem (ufa!). E ainda pediram para tirar uma foto com a gente. Fiquei desconfiada de novo e, me fazendo de turista boba alegre, pedi uma foto com eles também. Apenas por garantia…
Próxima parada: Museo Larco com um dos jardins mais lindos que vi na vida! O museu é interessantíssimo, com muita história e uma verdadeira aula sobre a história da América Latina.



E aproveitando que estávamos naqueles lados, o almoço foi na Antigua Taberna Queirolo com milanesa e Inka Kola (que pra mim tem o gosto igualzinho da nossa Cini Framboesa). Tivemos dificuldade para pegar uber e táxi para voltar ao hotel. Depois da demora em encontrar um carro, voltei encantada com a vista da beira-mar e demos uma voltinha nos arredores do malecon entre a população super fantasiada para o Halloween.



Entrei no clima e antes de entrar no Parque de la Reserva para assistir ao espetáculo do Circuito Mágico das Águas comprei minha careta de Dali. O local estava lotadíssimo e não tinha mais ingressos para a noite. Para não perder a viagem, que por sinal foi um pouco longa para chegar até lá, fizemos algo que não havíamos feito até então: compramos ingressos com uma cambista.
Tensão até passar pela entrada e ter a certeza de que não tínhamos jogado 20 pesos no lixo. Deu tudo certo e, dentro do parque, uma apresentação muito bonita de águas, sons e luzes. Pra variar, cheio de locais que também aproveitavam o parque todinho.
Dia 3 – City tour e jantar em um dos melhores do mundo
Quando dá tempo gosto de colocar um city tour no roteiro. Sempre tem uma informação legal e ajuda muito a ter noção da cidade. E assim embarcamos no ônibus de dois andares rumo ao centro histórico que me surpreendeu demais. Não costumo gostar de praças, mas a Plaza Mayor de Lima é uma graça, com prédios com balcões charmosos – e sim, cheia de gente aproveitando.

Outra atração que vale muito a visita é o Mosteiro de São Francisco com a sua catacumba. Com um pouquinho de esforço os claustrofóbicos como eu conseguem passar pelas ossadas centenárias. O dia terminou no lindo, estiloso e delicioso Astrid y Gastón. Mais uma vez a gastronomia peruana dando um show.
‘Meio’ Dia 4 – Barranco e partiu Cusco
Não poderia deixar Lima sem antes passar por Barranco, o bairro boêmio e descolado de Lima. Este é um local para visitar durante o dia, que é bem gostoso, e de noite também por conta dos bares e da programação animada. Eu só consegui passar por lá pela manhã e achei ótimo andar pelas ruas estreitas até o mar, sem contar a passagem pela Puente de los Suspiros sem respirar (que eu não consegui!). Na próxima visita a Lima irei de noite também!
E foi o tempo de voltar rapidinho para o hotel para buscar as malas e seguir viagem!