Europa,França,Paris

Quatro dias inteiros em Paris foi muito pouco!

Confesso que me enrolei para escrever sobre Paris. Fiquei refletindo bastante e relembrando os meus dias por lá até começar o post. Eis que assisti a primeira temporada de “Emily in Paris”, na Netflix, que me ajudou bastante nessa reflexão e então parti para a escrita. (Detalhe que comecei a escrever quando assisti a primeira temporada e só postei depois de terminar a segunda…).

Os dias em Paris foram corridos, cheios de informação, com muita coisa para ver e muita vontade de aproveitar tudo ao máximo. E essa vontade toda consumiu um pouco da nossa energia ao mesmo tempo que foi muito importante na nossa maturidade como viajantes. 

Destino: Paris
Data da viagem: 9 a 14 de maio de 2014  
com Amsterdam e Londres no roteiro e o plus Rio de Janeiro e Frankfurt

Paris foi o segundo destino da minha primeira viagem para a Europa. Chegamos depois de dois dias inteiros em Amsterdam. A primeira vista parisiense foi a estação Gare Du Nord, ao desembarcar do trem da Thalys após três horas de viagem.

Chegando…

E a “aventura”começou ali mesmo. O primeiro desafio foi se localizar na estação para então desbravar a cidade. Cheguei sabendo que os franceses não gostam que os visitantes não dominem o idioma deles, mas não tinha muito o que fazer a não ser apelar para a simpatia – o que obviamente não deu muito certo. 

Antes de perguntarmos para o segurança da estação onde era o balcão de informações, disse a única frase que ensaiei: Je ne parle pas français. A resposta que recebi foi: Que pena, em inglês… {Cara de paisagem. A minha, no caso – nem vou falar cara do que o segurança fez…}

O balcão de informações ficava pertinho de onde encontramos o segurança e foi ali mesmo que compramos o Paris Pass. Usamos o Paris Pass para entrar nas atrações. Explico como funciona nesse link!

Depois da recepção parisiense e com todas as informações fornecidas pela atendente do balcão de informações – que foi bem simpática – seguimos de trem para o 11arrondissement (divisão das áreas da cidade, como se fossem bairros), onde ficava nosso hotel: Ibis Paris Bastille Opera.

Chegamos no hotel no fim do dia e só deu tempo de um jantar na Pizzeria Santa Lucia, ao lado do hotel, na Rue Breguet. Depois partimos para o descanso merecido.

Dia 1 – Iniciação no crepe de nutella e banda nova

O dia começou perto do horário do almoço, com direito a menu típico! No caminho para o Centre Pompidou paramos no Royal Turene Brasserie para experimentar o foie gras e sentir o clima de Paris. Conto como foi a degustação desse prato tão polêmico nesse post!

Já alimentados, seguimos a pé para o Centre Pompidou, em uma caminhada de mais ou menos quinze minutos do restaurante. No Centre Pompidou demos sequência à maratona maravilhosa de museus que conhecemos durante a viagem. Vale a pena saber mais sobre ele!

No caminho para a Notre Dame o primeiro crepe de Nutella da temporada. Nem preciso dizer que comemos pelo menos um em cada dia de viagem. Energias reabastecidas e conhecemos a maravilhosa Cathédrale Notre-Dame de Paris, lugar de tirar o fôlego e que recebeu duas visitas nossas, que detalho em um post só pra ela!

Já encantados com a catedral, nos deparamos com aquelas surpresas que deixam a viagem ainda mais especial. Na praça em frente ao prédio maravilhoso Hôtel de Ville – sede das instituições do governo municipal de Paris – estava acontecendo um festival de música. 

A praça estava cheia de gente curtindo e chegamos no momento em que uma banda super legal estava no palco: Sara W Papsum. E foi aquele presente que levamos pra casa na mala, pois as músicas da banda são presença garantida nas minhas playlists até hoje!

Dia 2 – Louvre e churros na feira

Uma coisa que eu e meu marido gostamos muito de fazer durante uma viagem é comer. Comer a comida local, pra viver a experiência do lugar onde estamos. Então imagine a nossa surpresa/felicidade ao nos depararmos com uma feira a poucas quadras do nosso hotel em pleno domingo de manhã! 

A feira fica na Boulevard Richard-Lenoir, até a Place de la Bastille, com tudo o que uma boa feira tem direito: bastante comida e comprinhas. Já comeu churros na França? A minha experiência na Marché Bastille foi divertida.

A barraquinha de churros simples era de um senhorzinho com aparência típica francesa. E também só falava francês num tom que me pareceu muito ríspido. Depois da experiência na estação de trem, fiquei com medo de tentar fazer o pedido em inglês, então apostei no gesto mesmo. E foi com as mãos que pedi six churros e arranquei um sorriso do vendedor.

O churros é diferente do vendido aqui no Brasil. É bem fininho e sem o recheio de doce de leite. Mas valeu a experiência. E depois do churros ainda experimentamos um pão.

Embarcamos na estação Bastille do metrô e seguimos direto para a estação Louvre-Rivoli, onde começamos uma visita incrível no Musée du Louvre, que tem muito mais do que a Monalisa!

Depois de horas caminhando pelos corredores maravilhosos do Louvre, seguimos para um almoço/lanche especial nos jardins em frente ao museu, com direito a linda Tour Eiffel na paisagem. Aproveitamos para comer sanduíches bem gostosinhos em uma barraca do Paul antes de seguir pela Champs-Elysées.

A caminhada pela Champs-Elysées, do Louvre ao Arco do Triunfo, pareceu o clima de Curitiba: todas as estações do ano em apenas quatro quilômetros. Já no Jardin des Tuileries deu para observar as nuvens carregadas no céu. Na Place de la Concorde começou o vento gelado e quando passávamos perto do Grand Palais chegou a chuva. Foi a desculpa perfeita para comprar um guarda-chuva de Paris (que tenho até hoje) e fazer fotos lindas do arco-íris que se formou, porque claro, saiu o sol em seguida.

Antes de chegar ao Arco do Triunfo, uma paradinha básica na Sephora para uma comprinha e para assistir de camarote um perrengue chique envolvendo uma brasileira. Conto o que aconteceu nesse episódio de vergonha alheia aqui post.

Encerramos o dia em grande estilo: no alto do Arco do Triunfo. A vista de Paris do alto dos quase 300 degraus é maravilhosa. 

Dia 3 – Finalmente a Tour Eiffel

Depois de dois dias com a Tour Eiffel compondo as paisagens por onde passamos – e a admirando de longe – chegou o dia de ficar cara a cara com ela! Mas não foi a primeira atração do roteiro. Antes de chegar ao Champ de Mars teve uma passada por Montmartre.

Desembarcamos na estação de metrô Anvers e seguimos em uma subida até a Basílica de Sacré Cœur bem agradável, com paradas rápidas para comprinhas. 

Mais adiante, uma cena linda: um carrossel, a escadaria e a bela basílica com suas quatro cúpulas. A vista do alto da escadaria é especial e dentro da Basílica a cena é linda. Uma pena que não é permitido tirar fotos lá dentro.

A descida terminou no Pigalle, para conferir a fachada do Moulin Rouge e ali pertinho o almoço no Cafe Des Deux Moulins, que mais do que ser o cenário do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (que é super legal!!), serviu um dos almoços mais deliciosos da viagem: mignon suíno com purê de batata. Pode parecer simples, mas foi super saboroso, ainda mais com o creme brulée de sobremesa. Sem falar em estar num cenário de filme.  

Depois do cenário de cinema, continuamos na vibe artística e fizemos uma visita maravilhosa ao Grand Palais para contemplar a obra Guerra e Paz do brasileiro Candido Portinari. Como filha de uma professora de Arte não podia deixar de prestigiar a nossa arte. Os painéis enormes de 14m x 10m ficam em exposição permanente na ONU. 

A essa altura o tempo que estava nublado virou para chuva forte e o roteiro continuou de baixo de chuva mesmo e a pé. E assim passamos pela linda Pont Alexandre III, com suas esculturas folheadas a ouro (e com a Tour Eiffel ao fundo, cada vez mais perto). 

No caminho uma parada rápida no Hôtel National des Invalides, palácio que abrigou soldados franceses aposentados e que também tem em exposição a majestosa tumba de Napoleão.

Dali a caminhada de 20 minutos até o Champ de Mars e, finalmente, ver a Tour Eiffel de perto (e por dentro também)! Mas como a experiência tão esperada foi tão marcante, me recuso a contar em apenas alguns parágrafos. Vale um post inteiro, você não concorda? É só clicar aqui! 

E o dia não terminou na Tour Eiffel não! Ainda teve um passeio de barco pelo Rio Sena no Bateaux Parisiens com direito a trilha sonora bem francesa.

Dia 4 – Versailles

O último dia inteiro em Paris foi dedicado à ida a Versailles. Mas foi daqueles dias que não rendeu bem, em quase todos os aspectos.

Foi um dia em que o cansaço pegou já cedo. Acordamos tarde, a tempo de mais um almoço na Pizzeria Santa Lucia e seguir para o trem até o castelo real.

No caminho o tempo endoidou mais uma vez e já começou a chover, com vento frio, e quando chegamos ao portão do chateou a fila estava enorme. Pra ajudar, partes do museu estavam em reforma, as salas estavam cheias, achei tudo confuso e o atendimento da equipe do museu foi péssimo.

Demos umas voltas pelos jardins e fomos até o Petit Trianon, mas aí o desânimo já tinha batido. E meu pensamento (que me acompanha até hoje) foi: deveria era ter ido a Giverny conhecer os Jardins de Monet, mas fica pra próxima.

E o dia não foi só de desânimo!! O jantar foi Quartier Latin, com um menu que compensou todos os contratempos: boeuf bourguignon, sopa de cebola e um bom vinho. 

Dia 5 – Notre Dame pra fechar com chave de ouro

Me recusei a ir embora de Paris sem chegar perto das gárgulas da Notre Dame! Como uma criança dos anos 1990, assisti no cinema e tenho até hoje em casa a fita do filme Corcunda de Notre Dame, da Disney. E não tinha como não fazer a visita.

Mas sempre tem um perrenguinho pra dar aquela animada. Deixamos as malas prontas no hotel e chegamos na Notre Dame no meio da manhã, pois de tarde iríamos embarcar rumo a Londres. E para a minha surpresa encontramos as portas fechadas porque os trabalhadores estavam em greve!! 

Minha decepção durou até saber que logo depois do almoço o atendimento voltaria ao normal (achei chique a greve apenas em meio período).

Aproveitamos as horas que faltavam até a abertura do tour para passar na Pont des Arts e ver os famosos cadeados do amor – que meses depois foram retirados dali porque o peso estava comprometendo a estrutura do século XIX. Foi o tempo de dar um até logo para a Tour Eiffel, que estava na paisagem, e para o Rio Sena e seguir para a fila no tour na Notre Dame com direito a crepe de almoço em pé na fila mesmo!

Em tempo!

Falei que o tempo passou voando nesses dias em Paris e a lista de coisas para fazer quando voltar lá tem bastante coisa. Pra não esquecer (e/ou pra te inspirar) aí vai ela:

  • Museu Rodin
  • Museu Picasso
  • Musée d’Orsay
  • Opera Garnier
  • Sainte-Chapelle
  • Giverny e os jardins de Monet
  • Mais voltas pelo Quartier Latin

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